Natália

Natália
Mauro Fernandes Barros

terça-feira, 18 de agosto de 2009

BANDE À PART , de JEAN-LUC GODARD





Este final de semana assisti (graças ao Rafael, ao qual sou muito grato) o filme "Bande à Part", do Mestre Godard. Gente, é um filme de 1964 P&B simplesmente SENSACIONAL, uma obra de arte. Assiti três vezes (verdade...). Cheio de cenas marcantes (tem uma que o trio de protagonistas dançam em um bar que é muito legal... reparem na foto acima), a atriz (Anna Karina) é linda, enfim, tudo é perfeito. A história gira em torno de dois amigos que planejam um assalto e convencem uma estudante a ajudá-los. Bom, vocês sabem que não gosto de falar muito, pois perde a graça, mas segue o texto do encarte da obra: "É para gente como Godard que existe o cinema: para que possam expressar toda a sua criatividade e genialidade. Godard é ainda um dos grandes responsáveis pelo cinema contemporâneo como o conhecemos, depois de encabeçar a Nouvelle Vague. Godard é o Tarantino dos anos 60. Ok, sabemos que é o contrário, mas assim fica mais interessante. Este é o mais acessível filme do diretor, com sequências antológicas - o filme de Godard para quem não gosta de Godard -, mas não é por isso que deixa de ser uma das suas melhores pérolas. Nele, Godard mantém de forma simples e eficaz as suas principais características e da nouvelle vague - levando a experimentação ao extremo apenas num momento: a mítica cena do (literal) minuto de silêncio, que influenciou a cena do don't be so square de Uma Thurman em Pulp Fiction, ou desconstruindo a linearidade narrativa com o recurso a um narrador onipresente. Band à Part é um heist movie de baixo-orçamento reinventado - ou pensavam que Cães de Aluguel tinha sido o primeiro? Nele desenha-se um triângulo amoroso, cúmplice. Indiscutivelmente: obra de arte no sentido mais amplo da palavra."

Nenhum comentário:

Postar um comentário