Natália

Natália
Mauro Fernandes Barros

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A CHUVA CAI LÁ FORA...

Engraçado como mudamos com o passar dos anos... o céu escurecia um pouco ou falava-se em chuva e era o suficiente para a tristeza estampar os rostos daqueles jovens que saiam numa sexta-feira do Colégio Piedade, já planejando as noites dançantes do Clube Esportivo do "saturday night" (sim, eram noites dançantes, ao som de A-ha, RPM, The Smiths, Legião e tantas outras bandas dos idos anos 80... "Exagerado" do Cazuza era o hit do ano, RPM era a sensação das meninas e Madonna já se firmava como grande estrela em seu terceiro LP (sim, LP) com o sucesso "Papa Don't Preach", e nós - Alessandra, Raquel, Fernanda, Wivi, André da Ferteco,Lúcia, Margareth, Henry, Kelly, Martinha, Marcele, Simone, Júlio, Valéria... - apenas sonhadores do primeiro ano...)

E olhando esta garotinha, tão compenetrada na chuva que caia lá fora , me fez pensar no tanto que gosto de chuva hoje, do barulho, de vê-la cair, de me molhar, de ficar no quarto lendo ou assistindo um filme... A chuva só é ruim quando se transforma em tragédia né... do contrário, eita trem bão!!!!


Estas fotos foram tirandas de dentro da Igreja Matriz, pertinho de minha casa, durante a comemoração da festa de Nossa Senhora do Rosário... E ao mesmo tempo o tambor dos congadeiros com o cheiro da terra molhada pareciam penetrar dentro da alma...

... E as fitas das vestes congas, multicores, ao sabor do vento, enchia de harmonia o ambiente, deixando até o céu cinzento de um cinza cintilante e belo, ao contrário do que sempre se tem idéia... Uma saudade de sei lá o quê... E só não me molhei e cai na chuva por causa do equipamento... se não...

Um comentário:

  1. Como sempre Maurinho, é um poema seu clic mágico, seu olhar desenvolto de beleza, leveza, pureza e que nos reporta a lembranças infindas, as quais guardo com muito carinho no coração.
    Grande abraço amigo,

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